sábado, 4 de fevereiro de 2017

Poesia que insiste (e se desculpa)


Poesia que insiste
(e se desculpa)

Perdoa o tom conselheiral
em que me escorro,
como a querer prestar socorro
a quem sequer mo pede!

Releva a aura
desse amor em torno,
qual fraterna flama, fogo,
a quem, quiçá, o aceitara morno!

Exculpa a mania
do verso à porta
do coração que não se importa
com seja lá qual fosse
a companhia!

Compreenda se a poesia insiste,
inspiração que resiste
a quem se defina triste
recalcitrante à ela!

Rogério Mota, 4/2/2017

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