Sempre vida...
A morte, por mais que nos doa,
nos acompanha há longo tempo.
Aliás, a vida que se nos voa,
tem-na por seu complemento.
A vida, compreenda de uma vez,
não se atém a um corpo sadio.
Ela se estende, passada a gelidez
depois do Aqueronte, aquele rio.
Voltarás à carne em um novo corpo,
na sucessão progressiva, imperiosa.
Novamente vivo, e depois morto,
decerto com a alma mais brilhosa.
Mas o ciclo não se eterniza.
Findará num momento o vaivém.
Quando a alma sentir a brisa
sobre o monte do vero Bem.
Rogério Mota, 4/2/2017
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