terça-feira, 2 de maio de 2017

Violência


A violência nos consome virulenta
no vazio com que a alma segue lenta
na tristeza incendiária da esperança
sob o laço do consumo, sua ensancha.

A vida vale o tanto, o nada do engano;
cálculo com que não lida o ego insano,
a visto dum rebelde líder em sombra;
inspiração em resquícios, à paz, contra.

O materialismo à par do passo torto
do verme-homem, ora em vida morto;
à cata da ilusão com que encher o oco;
estigma da sede (vazio de Deus) sufoco.

Rogério Mota, 2/5/2017

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