terça-feira, 21 de março de 2017

Verso


A direção do verso é incerta, 
pois que aberta
às capilaridades com que 
o pensamento sopra, à esmo.

Transita como a cavoucar a roça
ou como a flutuar sobre o mar.

Não teme a sombra da tristeza.
Não tem pudor da sua nudez.
Infirma a lógica, naturalmente.

E não se importa com o que lhe chamem.
É chama, principiante, sob os cuidados de quem o lê.

Acaso... se tornará fogueira?...

Sabe tu.

Rogério Mota, 21/3/2017

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