quarta-feira, 15 de março de 2017
Poema de um morto saudoso
Poema de um
morto saudoso
(Eu)
Na estância da espiritualidade,
em hospital adrede planejado,
paciente, há pouco neste lado,
prenhe da angústia da saudade...
(Aqui)
Auxiliam-me a que eu me auxilie,
no disciplinar as minhas lembranças,
saber aguardar as boas ensanchas
apoiado na fé com que me alie...
(Tu)
Sofres pela partida "definitiva",
e a tua aflição me aflige junto,
por mais que me queiras muito,
creia: onde lias morte, lê vida!
(Faz assim)
Pensa o bem e o projeta em mim.
Ora a Deus que é o Pai dos Vivos.
Sou um liberto dentre os cativos,
Alma-Vento, rumo ao sem-fim.
Rogério Mota, 15/3/2017
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